Entre amor e medo, nasceu uma vergonha que seguimos carregando — até que escolhemos falar.
A vergonha, quando herdada, se torna ainda mais silenciosa.
Ela não nasce em nós, ela se perpetua em nós.
E, muitas vezes, seu eco começa com o silêncio da nossa mãe.Tem dores que não têm som.
A gente não lembra quando começaram…
Só percebe que elas sempre estiveram ali,
como um silêncio antigo, herdado, não escolhido.No silêncio da nossa mãe, aprendemos a calar também.
Por amor.
Por pertencimento.
Por medo de ultrapassar algo que nem sabíamos nomear.
A gente cresce tentando ser forte.
Seguindo em frente.
Sem perceber que existe algo ali, entre o peito e a garganta,
uma sensação que não tem nome,
mas que sempre volta quando tentamos mudar.
Uma presença invisível, antiga, enraizada.
Uma presença invisível, antiga, enraizada.Ela sempre esteve lá.
Silenciosa.
Camuflada entre os papéis de mãe, esposa, profissional, cuidadora.
Entre as exigências da vida moderna e as heranças invisíveis de um tempo em que ser mulher era sinônimo de submissão.
Ela não grita. Ela pesa.
É a vergonha!
Essa emoção quase imperceptível, que nos acompanha desde a infância, mas que na verdade começa muito antes…
Começa nas mulheres que vieram antes de nós.
Mulheres que não puderam escolher com quem se casar.
Que não herdavam propriedades, mas sim funções.
Que aprenderam que ser uma “boa mãe” era seu único destino digno.
Que foram ensinadas a silenciar o que sentiam, o que sonhavam, o que desejavam.
E quando a emoção não tem voz, o corpo guarda.
Guarda como quem arquiva memórias que ainda doem.
E um dia… o corpo sussurra. Depois, grita.
Quando a emoção não tem voz, o corpo guarda.
Guarda como quem arquiva memórias que ainda doem.
E um dia… o corpo sussurra.
Depois, grita.
E é nesse ponto que muitas de nós adoecem sem entender por quê.
O silêncio que adoece / Chakra laríngeo
Talvez a nossa borboleta interna tenha herdado não só o silêncio da nossa mãe,
mas também o medo de se transformar!
É curioso pensar que a glândula tireoide, localizada bem no centro da garganta, tenha exatamente o formato de uma borboleta.
Borboletas são símbolos de liberdade, transformação e leveza.
E, no entanto, hoje, milhões de mulheres vivem com essa borboleta adoecida, presa dentro de um casulo emocional invisível, onde habita a vergonha de não ser perfeita, a culpa de não dar conta de tudo e o medo de mostrar quem realmente são.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, cerca de 15% das mulheres brasileiras têm algum tipo de disfunção na tireoide.
Muitas nem desconfiam que esse desequilíbrio físico pode estar conectado àquilo que nunca foi dito.
Ao que foi calado.
Reprimido.
Engolido a seco.
Porque o chakra laríngeo, que pulsa exatamente ali, é o centro da nossa expressão, comunicação e verdade interior.
E quando ele está bloqueado, a vida começa a travar também.
As palavras ficam presas na garganta.
Os sonhos ficam parados na ideia.
A criatividade se esconde.
E, aos poucos, surge uma estagnação que não se explica só com cansaço.
A prisão invisível que vestimos por lealdade
É exatamente isso que vemos em tantas jornadas femininas:
Mulheres que se culpam por sentir demais.
Ou por não sentirem mais nada.
Mulheres que se comparam com outras, tentando preencher exigências impossíveis.
Mulheres que foram levadas a acreditar que vulnerabilidade é fraqueza. Que mostrar dor é fracasso.
A vergonha paralisa.
Nos impede de nos reconhecer.
Nos faz acreditar que só seremos amadas se estivermos sempre bem, sempre prontas, sempre sorrindo.
E aí, mesmo rodeadas de gente, nos sentimos sozinhos.
Só que não precisa ser assim.
Às vezes, seguimos repetindo o silêncio da mãe.
Não porque queremos sofrer,
mas porque algo em nós acredita que, se formos além dela, estaremos traindo.
E assim, seguimos caladas, carregando culpas, vergonhas e pesos que não começamos, mas que acolhemos por amor cego!

Maio, o mês da cura e da voz
O mês de maio traz consigo uma força especial.
É o mês das mães, da ancestralidade feminina, mas também vibra a energia do número 5 na numerologia.
E o 5 representa exatamente aquilo que está pedindo passagem: expressão, movimento, liberdade.
É como se a vida sussurrasse:
“Ei… você pode abrir as asas.”
“Você pode sair do casulo.”
“Você pode falar o que sente, sem medo de ser rejeitada.”
E isso não é apenas sobre palavras ditas em voz alta.
É sobre expressar sua verdade com o corpo, com o olhar, com as escolhas que faz todos os dias.
É sobre dar nome às suas dores, e, com isso, permitir que elas deixem de te dominar.
É sobre cuidar da sua saúde física e emocional.
É sobre resgatar sua própria voz… e com ela, sua leveza.
Maio pode ser o mês da sua travessia:
do silêncio herdado para a expressão consciente.
Do peso escondido para o voo da sua borboleta.
A borboleta está em você
Quando você começa a liberar a vergonha que carregava, você não está apenas se curando.
Você está curando todas as mulheres que vieram antes, e também abrindo caminho para que seus filhos (meninos e meninas) cresçam livres do peso de padrões que já não servem mais.
Homens também sofrem com o que não foi dito.
Homens também adoecem tentando manter aparências.
Essa libertação é para todos.
Mas ela começa… por você.
Se esse texto despertou algo aí dentro, um suspiro, uma memória, uma lágrima, uma vontade de se ouvir mais, então talvez seja hora de dar esse próximo passo.
O silêncio herdado não precisa ser sentença.
Podemos, com delicadeza, devolver o que não é nosso.
Honrar a dor sem carregá-la.
Amar sem se calar.
E então, talvez, escutar uma nova música dentro de nós.
Uma que não vem da vergonha…
mas da voz que finalmente se libertou.
Quer iniciar essa escuta interna com apoio e leveza?
Nos atendimentos individuais, trabalhamos essas marcas invisíveis que ainda pesam e silenciam sua verdade.
Você vai aprender a reconhecer, acolher e soltar, no seu tempo, com apoio e consciência.
Porque a sua voz importa.
E sua borboleta merece voar!
Vamos conversar sobre isso? Me chama. Vai ser lindo abrir esse espaço com você!
Aproveite e conheça o atendimento de constelação familiar que ofereço clicando aqui.
Com amor e presença,
Dri Sogabe