Este não é um texto falando sobre um atendimento específico e sim sobre vários que acessei durante leituras dos registros akashicos.
Mais comum do que você possa imaginar, o sentimento de culpa frente ao falecimento de um ente querido tem se apresentado de forma muito forte e surpreendente, pois nenhum deles fez perguntas sobre isso.
Por mais intrigante que pareça, faz total sentido surgir esse assunto no atendimento pois quando escolhemos nos questionar sobre as situações que estamos vivendo, sobre quais planos devemos seguir ou até mesmo abrir mão, nossa alma estabelece uma conexão para se abrir aos movimentos necessários. Olhar para o futuro muitas vezes exige desprender do que nos conecta com o nosso passado, e o luto acaba sendo uma das prisões que nos prendem lá.
Luto é um processo natural do organismo em resposta a um rompimento de vínculo, ou seja, quando perdemos alguém ou algo significativo na nossa vida, desde que intensas e significativas, como é o caso de uma separação, divórcio, mudança de país, perda de emprego e outros.
Essa sensação de luto pode se manifestar de diversas formas, como por exemplo estresse, choro, crises de ansiedade, distúrbios alimentares, melancolia, desânimo, raiva, insônia, tristeza profunda, dentre outros.
Defendo que viemos ao mundo para viver e isso significa passar por experiências das mais variadas, elas surgem para nos ensinar uma lição, por isso enquanto não identificarmos essa lição continuaremos revivendo isso como se fosse um looping.
Alguns atendimentos já surgem com esse tema de luto enraizado, quando a pessoa já tem consciência que a passagem de um ente querido está afetando o seu dia a dia e quer superar esta situação, mas a maioria dos atendimentos tem esse fator encoberto por outro motivo e acaba vindo à tona durante a terapia, fazendo total sentido e sendo tratado como deve para que a energia flua e esta tensão possa ser superada.
Ainda mais depois da pandemia do Coronavírus no início de 2020, onde tantos infelizmente partiram de forma inesperada e repentina, aos entes que viveram esta situação ficou a sensação da culpa por não ter feito ou falado algo e que muitos possuem dificuldades para transpor.
Quando pensamos na palavra culpa, um dos antônimos (oposto) é a desculpa, que é uma justificativa para algo de “errado” que aconteceu. Seguindo essa linha surge uma reflexão que pode fazer sentido pra você ou não, ok?
Enquanto estivermos na desculpa, ficamos no looping e voltamos sempre para o mesmo lugar, mas quando olhamos para este sentimento focados em identificar a lição, conseguimos superar e desconectar dele, cujo benefício maior é abrir espaço para colocar coisas novas no lugar.
Uma coisa é fato: os sentimentos e as emoções sempre existirão, eles fazem parte da nossa experiência chamada vida. Cabe a nós decidirmos se queremos ficar presos em uma única experiência ou se queremos mais.
Eu escolho viver e você?
Com amor,
Dri Sogabe